quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2009


É inevitável escrever um texto sobre o ano que está a acabar. Faz parte.

Como sempre, teve partes más, e partes que queria repetir todos os dias.

Existem as coisas que em 2010 vou esforçar-me para acabar e outras para trazer de volta, ou manter.

É sempre o mesmo, as situações é que mudam.

Tenho muito que lembrar este ano; O meu primeiro trabalho, comprei a minha linda guitarra e amplificador com o meu suor, terminei o primeiro e comecei o segundo ano de faculdade, comecei a aprender japonês, entrei no ginásio, participei num torneio de dança, fui ver os Muse, passei um fantástico Verão no qual fui á Madeira (foto)... Foi realmente bom.

Claro que houve as partes más, reprovei no exame de código por estupidez, fiquei sobrecarregado por trabalhar e estudar, andei em stress 50 quiçá mais % do ano, cometi erros e fiz escolhas erradas...

Faz mesmo parte. Errar e acertar faz parte da brincadeira.

Já estou a pensar numa listinha para 2010, a qual vou tentar cumprir na totalidade. Nunca experimentei, mas gosto de tudo que se assemelhe as jogos e que me dê objectivos, funciona como um empurrãozinho. Vai ser engraçado.


Ainda tenho mais um tempito neste ano, e planeio passa-lo como gosto; a jogar todo o tempo que puder, a ler, a tocar guitarra ouvir música e cantar, saír com quem gosto, e desejar bom ano a todos aqueles a quem conseguir dirigir a palavra. Share the love, or the love won´t aknowledge you.

domingo, 27 de dezembro de 2009

O Filme



Ontem, fui ver o filme Avatar.

Foi dos filmes mais envolventes que vi, e criou em mim um enorme desejo de viver naquele mundo que eles criaram. Um mundo que eu escreveria.

Dedico então este pequeno texto a esse Mundo.



Floresta


Enquanto reparava que cada pedra brilhava quando pisada, tocava nas reluzentes lianas que guiavam a vistas em que o horizonte tinha vida. Com a minha cauda sentia a leve brisa, e sentia o pulsar da Natureza no ar, como que palavras. Cada árvore que tocava contava uma diferente história, e sempre queria ouvir mais. Pulava pelos ramos, e sempre que ao saltar passava por um lago, o meu azul reflexo deixava traços na água aparentemente viva. Todos os seres me olhavam com sentimento e com uma alma que quase podia agarrar. Correndo até ás mais altas copas, via todas as verdes folhas que brilhavam e culminavam num grande misto de cores com todas as outras plantas e vegetação. Aladas criaturas no topo habitavam, que a dragões se assemelhavam. Com uma e uma apenas pude criar um elo, e assim esta montar. Tornamo-nos um, e o que eu queria, ela apoiava e nisso pensava. Sentia o seu coração a bater com o meu. Voar quis e imediatamente ela me levou. O mais rápido que conseguia cortei pelos galhos e pairei sobre a paisagem que me cegava de beleza. Com a cauda a brilhante água tocava enquanto sobre ela, rasante, voava. E num grande caule pousando, do interior de azuis flores bebi. Exausto do êxtase, até á minha rede planei, sonhando em adormecer. O ser alado ao seu local voltou, e no meu me deixou. Recolhi-lhe e com a rede mais me tapei. No momento em que adormeço, mais uma vez no meu mundo acordei.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Presente


Boas Tardes.

Desde já um Bom Natal, e que passem bem esta, que é uma das mais mágicas épocas do ano.


Desde sempre que das partes do Natal que mais me empolga são os presentes. Deixo assim uma pequena referência a esse momento exacto da noite que todos esperamos, e que talvez, depois de lerem, fiquem ainda com mais vontade de lá chegar.


Nota: Algum estranhar ao sujeito poético do poema, poderá ser justificado com e pluridade de entidade. Não se deverá a erro.




O Presente


Pousa a Noite, e está Frio.


Lá fora, apenas Músicas de Natal passeiam pelas Ruas.

Canções que mal se ouvem através dos Vidros embaciados pelo Quente das Vozes.


Deslizo a Cortina e volto-me de novo para as Faces conhecidas e doce Aroma de Alegria.

São estes os Pratos principais nesta Noite, que os Doces em si vêm a acompanhar.


Esquivo o meu Olhar dos Enfeites e das Piadas que falam, e vou ao encontro do Verde.

Regalo os Olhos com Luzes que ofuscam mas viciam, e todas conto.

Falam a sua própria Linguagem. Um Código.

E pairam como que protegendo o misto de Cores empilhadas sobre o qual pousam.


São Beleza e Mistério carinhosamente embrulhados.

Um Laço cativa o Olhar, enquanto que com o Toque as sentimos - a Mente imaginando.

Ousamos desembrulha-los com a imaginação, e a cada Pedaço de Papel que tiramos,

uma Coisa nova lá dentro vemos - pois o que vemos é o que pensamos.


É mais valiosa a Magia que os envolve e protege, do que o que mais tarde vamos ter em Mãos.

- o que segurarmos será tão importante quanto a Importância que lhe dermos -


O nosso Toque julga sentir um Boneco, um Jogo, ou quiçá um DVD,

e chega a temer que seja um Par de Meias que venha a receber.


Tão envolto no Calor e Bem Estas que imaginamos, é um Choque quando me chamam.


Estranho encontrar-me sentado no Chão á frente da Árvore, Nada segurando nas Mãos.


Recolho-me mais uma Vez para as Palavras de Afeição, Carinho, Algo que não se sabe ao Certo,

e contento-me já com os Presentes que no meu Interior já tinha aberto.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Quadro


O Fumo mancha a Paisagem e o Frio cria Ambiente.


Para lá do desfocado vislumbram-se Multidões. - movem-se.

Assemelham-se a pinceladas.


Luzes de diversas Cores guiam-nas, alternando-se.

Estas, parecem coordenar-se com as Músicas que passeiam fluentes, e falam do Vento e Presentes.

Parecem sarapintadas no Ar.


Carros correm rasgando o Fumo com Vermelhos e Verdes que ficam. Pintados.


Vozes dão Vida ás Caras que ganham Forma e Sorrisos.

Sorrisos que a Vista pintalgam com Curvas que lembram enfeites.


Olhos brilham de excitação e unem-se ás Luzes.

São como Estrelas para mim.


Dou um Passo em frente, e com as Mãos afasto o Vapor que me separava da Multidão.

Entro na Aguarela e o meu Respirar torna-se parte da Neblina que a preenche.

Vejo o meu Sorriso noutros, e meu Olhar é mais uma Luz que a outros guia.


Mais um Brilhar neste Conto.


Um Vulto neste Quadro de Natal.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Abertura.


Tudo tem um início, um começar.

Venha a ser grande coisa, ou não tão grande, tem que começar.


E assim, abro a porta da minha escrita aos olhares passeantes, e, por vezes, interessados.



O Músico



Sentado percorro Sabores.


Piso o Chão húmido no qual a Noite pousa e suspira,
reflectindo suas Luzes e Olhar.


O Frio é apenas abafado pelo contínuo Ritmo que pelas Ruas ecoa.


Sigo Passos que me chamam, e que me parecem bater ao som da Música.


Caminho perdido, extasiado pelo que as Paredes me contam.
Falam de Sensações e gemem Jazz que me arrepia e comigo mexe.
Exijo-lhes que me contem mais.

Em tudo vejo Melodia.
Toco-a.

Com o meu Respirar solo sobre a Base que ouço,
e com as Pernas que agora correm, marco os Contra-Tempos.

Alcanço a Fonte do meu Êxtase, e furando pelas Pessoas que até agora na minha Mente não existiam,
abro Portas para o quente Mundo da Canção.

Doces Vozes que entoam algo que não Palavras enchem o Ar,
e Instrumentos falantes deliciam-me o Olhar.
Estes, cantam e contam Histórias mais belas do que a Mente poderia vir a querer conceber.
Falam comigo.
Olho-os e anseio toca-los. A Guitarra cativa-me, e o Piano parece tentar seduzir-me.

Inspiro e expiro Música, deixo-a guiar-me.
Leva-me onde quer que eu queira, e dá-me a provar Sabores que ela própria inventa.

E embora sentado continue, carrego em mim a sua Alma.

Pois em tudo o que faço, ela flui.
E a cada meu Respirar, todos a podem ouvir.
Ouvir como bela fica, a entoar.