
O tempo apenas me inspirou para um poema como este. Frio e curto. Como está lá fora.
Pela janela tudo vejo.
O frio corta quem lá anda e ameaça-me entrar.
Entendo o aviso e enrosco-me mais.
Vejo as árvores que dançam á melodia do vento, e riem-se de quem se encolhe em arrepios.
- Todos as notam -
Os baloiços rangem empurrados pela brisa, sem calor humano para os usar.
- Lamentam-se -
Casais correm juntos, apenas para em suas casas se esconderem. Aquecerem-se.
As cadeiras das esplanadas, sozinhas, gelam.
Fazem companhia ás mesas que por pessoas esperam. Quietas. Ao frio.
Esperam porque mais não podem fazer.
Passando levemente o olhar pela vista de gelo, vejo-te sentada.
O frio toca-te, e a ele ligas-te. Gela-me a visão.
Canta-te melodias que acompanhas, sem escolha.
Recolho-me para o meu quente recanto e inspiro.
Sacudo a paisagem e a vista dos ombros e aqueço-me.
Porque se tudo aquilo lá fora vi, é porque aqui dentro comigo não está.
Agora que estou no aconchego de casa não é bom ler um poema destes. Dá para sentir frio só de ler.. Precisava dum pouquinho de inspiração, podias partilhar.
ResponderEliminarTens expressividade, ja sabes isso.
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se ta a chover e muito frio, uma tempestade... nao ha espladas com cadeiras ca fora nao e sergio?
ResponderEliminar*
Como a Catarina diz:dá para sentir o frio só de ler.
ResponderEliminarTu sempre tiveste o dom de bem escrever, de te bem expressares, e de entusiasmares os outros com as tuas palavras. Continua assim!e eu vou seguindo-te por aqui...*